Uso da vírgula: entenda a principal regra para não errar
Para dominar o uso da vírgula, por exemplo, o conhecimento sintático é fundamental. Pela regra, não deve haver vírgula isolada (unitária) entre sujeito e verbo, tampouco entre verbo e objeto:
"A jornalista, avisou os colegas da alteração do horário." (vírgula inadequada)
"A jornalista avisou, os colegas da alteração do horário." (vírgula inadequada)
O leitor que não identifica a relação sujeito-verbo-objeto tem enormes dificuldades de pontuar adequadamente um texto; fica, por vezes, perdido em malabarismos de memorização, como o folclórico "a cada respirada, uma vírgula".
Com o estudo da sintaxe, virão também as observações em relação aos adjuntos adverbiais. Quando iniciam um período, essas palavras adverbiais devem - em tese - ser sinalizadas.
Vejamos duas sentenças muito adequadas:
"Na semana passada, eles pediram manifestações sobre a Reforma."
(na semana passada - adjunto adverbial de tempo)
"Após clima tenso, o Congresso anuncia nova votação."
(após clima tenso - adjunto adverbial de tempo)
Nota: a relação sujeito-verbo-objeto não foi separada por vírgula alguma.
Apesar disso, falta um padrão para o uso da vírgula diante de expressões adverbiais postas antes do sujeito. Recomendam muitas obras: expressões adverbiais simples (de curta extensão) devem fazer o uso facultativo da vírgula:
"Amanhã, o ministro convocará manifestantes."
(amanhã - advérbio simples de tempo)
"Ontem, o chefe pediu mais empenho."
(ontem - advérbio simples de tempo)
Entre os autores gramaticais e escritores clássicos, infelizmente não há acordo sobre o que vem a ser "longa" ou "curta" extensão.
"Recentemente, o país pediu mudanças."
(uso facultativo da vírgula)
"Depois de muitas denúncias, o país pediu mudanças."
(uso obrigatório da vírgula)
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