Se você já explorou as configurações mais avançadas de display em um console de última geração ou mesmo em uma Smart TV relativamente recente, provavelmente deve ter encontrado opções relacionadas à tecnologia identificada como HDCP. Geralmente, o recurso não conta com explicações mais aprofundadas e afirma apenas que certos jogos e filmes ficarão indisponíveis caso a funcionalidade não esteja ativada.
Mas o que é o HDCP? E como funciona? Neste artigo, o Canaltech reúne as principais informações sobre o método de proteção digital amplamente adotado e te ajuda a contornar alguns possíveis erros decorrentes da presença da tecnologia.
O que é HDCP?
O High-bandwidth Digital Content Protection (HDCP), ou Proteção de Conteúdo Digital em Banda Larga, em tradução livre, é uma solução desenvolvida para impedir a cópia ilegal de mídias de alta definição, como filmes em Blu-Ray ou conteúdo exibido por serviços de streaming. Basicamente, trata-se de um recurso para impedir a pirataria.
A tecnologia foi criada originalmente por engenheiros da Intel em 1990, mas acabou sendo amplamente adotada pela indústria nos anos seguintes, ganhando ainda mais importância recentemente, com o surgimento de plataformas como Netflix, Disney Plus e HBO Max.
Aqueles que gostam de jogar podem identificar o HDCP como um parente distante focado em mídia não interativa do Denuvo, outro método antipirataria bastante comum no mundo dos games.
Como funciona o HDCP?
A tecnologia é aplicada em dispositivos que utilizam conexões de vídeo HDMI, DisplayPort e DVI, e deve estar presente tanto na fonte (PS5, Xbox Series X|S, leitor de Blu-Ray), como nos cabos utilizados e no receptor (TV, monitor).
Antes de exibir qualquer conteúdo, um procedimento de autenticação é realizado entre a fonte e o receptor: uma verificação confirma a presença do HDCP em ambos os lados, bem como a versão utilizada, através de uma troca de chaves de acesso. Caso as informações sejam compatíveis, a reprodução de mídia é então liberada.
Atualmente, duas versões do HDCP são utilizadas com maior frequência: o HDCP 1.4, desenvolvido para conteúdo em Full HD, e o HDCP 2.2, pensado para mídia em 4K. Com o surgimento das telas 8K, é possível que vejamos uma versão revisada em breve, projetada para a nova resolução.
Vale destacar que o HDCP não apenas barra a reprodução do conteúdo caso alguma anomalia entre os dispositivos conectados seja detectada, como também impede a gravação da mídia. Além disso, sem aparelhos ou cabos compatíveis com HDCP, é impossível assistir a filmes em 4K.
No entanto, o protocolo só é aplicado quando um dispositivo está enviando sinal de vídeo para outro — o streaming de um filme da Netflix diretamente de uma TV através de um app dedicado, por exemplo, não é afetado por esse recurso.
Atenção à compatibilidade
O erro mais comum está justamente ligado à compatibilidade de versões — por vezes, pode haver uma falha de comunicação entre a fonte e o receptor, que interrompe a reprodução do conteúdo.
Fabricantes recomendam desconectar e reconectar o cabo, reiniciando ambos os dispositivos, e então testar outras portas HDMI caso a falha persista, para confirmar se a origem do problema está na conexão utilizado no momento.
É necessário ficar de olho para garantir que todos os componentes tragam a mesma versão do protocolo, mas ainda assim há algumas maneiras de contornar a incompatibilidade, utilizando splitters HDMI ou ainda conversores de HDCP.
Esses acessórios apresentam uma faixa de preço bastante variada e um tanto elevada, entre R$ 50 e R$ 350, mas podem compensar por eliminar uma possível necessidade de adquirir novos cabos ou mesmo dispositivos de reprodução e exibição.
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